sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Baaría - obra de arte ou desastre?


Depois do entusiasmo após assistir ao filme de Tornatore (Baaría, 2009), li algumas críticas na net e fiquei espantada com a capacidade de encontrar falhas em obras às vezes bastante caras e supostamente renomadas - ou, neste caso, o renome recai sobre o diretor. Discordo de toda a crítica lida e acredito no valor poético do filme. Pode ser longo, sim, um pouco chato, talvez, mas a riqueza de alguns detalhes e falas não pode passar despercebida aos olhos de tais especialistas. O filme tem momentos mágicos e geniais, como em uma das primeiras cenas (que encerra o filme também) na qual um dos adultos pede que Peppino compre um maço de cigarros antes que seu cuspe seque no chão. Todos se divertem muito com a aposta a não ser Peppino que precisa cumprir a tarefa. Essa cena é a porta de entrada para a narrativa de três gerações da família do próprio diretor. Nessa cena, vemos a legítima alegria italiana, o folclórico e, porque não dizer, o mágico e a memória mesclados na mesma história. As cenas em que Peppino caminha pelo vilarejo puxando uma vaca e parando de porta em porta para vender o leite fresco são, no mínimo, hilárias e ingênuas ao mesmo tempo. Em outro ponto do filme, o irmão de Peppino, já adulto, vai ao farmacêutico e pede um remédio para morrer: o balconista o atende e o faz tomar a dose no balcão mesmo! E, adivinhem, ele não morre! As mulheres sempre a esperar seus homens que voltam estoporados de brigarem por seus ideiais comunistas. O campeonato de comedores de macarrão... enfim, o filme oferece muito!
Bem, já contei demais... Agora é hora de conferir se o filme vale mesmo a pena. Depois conta aqui se vais ficar antes ou depois da porta do vento!

Abraço!

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