segunda-feira, 30 de junho de 2008

O que há de atual na obra de Machado?


Por mais distante que possam parecer dos dias atuais, as idéias de Machado anteciparam muitas questões que foram e ainda são extremamente debatidas, como, por exemplo, a ascensão social, a cobiça, a amizade por interesses, a traição, a aparência em oposição à essência, as máscaras sociais, entre outros tantos temas que podem ser encontrados, especialmente em suas grandes obras: Memórias, Quincas Borba e Dom Casmurro. Com quantas "figuras", quantos "famosos por 15 minutos" podemos comparar os personagens de Machado? Qual é a essência humana para o autor? A sociedade em que se ambientam seus romances lembra, de alguma maneira, aquela em que vivemos? Dê sua opinião, afinal não é todo o dia que se pode discutir Literatura de verdade! Abraços!

10 comentários:

Anônimo disse...

Machado de Assis completa este ano o centenário de sua morte. Porém ainda me espanto com a atualidade dos temas que seus livros tratam. A ganância, a falsidade e a dissimulação fazem parte da nossa sociedade hoje. Vemos isso como algo muito comum nas pessoas ao nosso redor, e encontramos esses extremos até em personagens de novelas. Enfim, minha conclusão é que Machado de Assis eram um homem fora dos padrões da época, que pensava além de seu tempo.

disse...

Podemos comparar com qualquer desconhecido que queira ser "famoso por 15 minutos", e são muitos mas que podemos comparar são muitos poucos. A essência humana para ele, na minha opinião que li algumas páginas de Dom Casmurro, é aquele que não tem confiança em uma pessoa que goste, que se sinta traido até por um ato.
O que Machado conta em seus livros (um pouco de sua vida) ele faz lembrar de alguma forma aonde vivemos.
Beijos. R. Rodrigues!

Anônimo disse...

Acho que Machado de Assis possuia uma visão de sociedade muito incomum, a forma como ele descreve ela em suas obras é realmente realista e detalhista. Ao comparar o contexto da época com o atual, posso dizer que os temas escolhidos por Machado se tornaram cada vez mais "vivos" hoje. em Quincas Borba, ele descreve a ganância, e a aproximação das pessoas pelo o que você tem, e não pelo que você é, em Dom Casmurro, ele cita um adultério que pode ou não ter sido cometido e em Memorias Postumas, Brás Cubas faz uma reavaliação de toda sua vida, pessoas que passaram por ela, momentos, mas para isso ele precisou morrer, o que deixa uma pergunta no ar, "Será que é preciso morrer,para avaliarmos nossos atos e nossa vida?"... Muito do contexto atual se encaixa em suas obras... porém acho que Quincas Borba é o mais relacionado com o século XXI.

P.S: a soraaa ta mó gatenhaaaa na fotinhuu du perfill usahusahuash =D

Fernando Haas disse...

Numa tarde de domingo, pouco entusiasmado, achei seu blog, por sorte; gostei muito.

Sobre esse post, um gol marcado nos acrescimos; estou me exercitando por escrever um artigo tentando estabelecer um link entre a representação literária e o fenômeno jurídico, tentando usar o machado, estou deixando minha professora um pouco louca, mas vou insistir.

Abraço

Fernando Haas, Curitiba.

Anônimo disse...

Pois é, Machado já devia pensar desde quando escrevia suas obras que, futuramente, os temas abordados ainda apareceriam na sociedade. É desagradável olhar para o passado e observar que, mesmo tendo se passado muitos anos, continuamos estacionados frente aos mesmos problemas.
Acredito que Assis veio para nos intrigar, mostrar que questões tão comuns podem se tornar pedras no nosso caminho. É engraçado ver a tecnologia sempre andando cada vez mais depressa e as ciências humanas deixadas sempre em 2° plano, como se não necessitasse da atenção que realmente precisa.
O tempo só muda a paisagem, não a essência. Chegará um momento onde o apse da tecnologia acontecerá, e então nos tocaremos que a felicidade se encontra, na realidade, dentro de nós, e não no meio exterior.
Há uma forte ligação entre nossa "essência" e o "mundo real". Basta olhar os aspectos que você sempre observa em sua vida, eles são o efeito dos seus pensamentos e das suas atitudes. Agora veja em um plano mundial, esta é a trilha que o mundo percorreu, percorre e percorrerrá. Mas nunca é tarde para mudarmos, basta querer.

Patricia Fiorio disse...

É verdade, Machado de Assis tinha uma mente bem futurista com relação à temas polêmicos.
Adultério, conflitos sociais, prostituição, alcolismo e etc, tudo isso são temas muito atuais, que causam uma revolta de opiniões na atual sociedade.

michele disse...

Podemos perceber nas obras Machadianas, um certo tom iônico ao tratar da mulher, que desde aquela epóca buscava independência, mas o retrato daquelas mulheres está exposto de forma "vulgar", pois as traições são os temas abordados, mas que deixam um tom de machismo, pois o homem ainda era superior a mulher.
Michele

Wagner disse...

Com quantas "figuras", quantos "famosos por 15 minutos" podemos comparar os personagens de Machado?
R= Com doze.

Qual é a essência humana para o autor?
R= Não li os livros, mas pelo que eu vi, a essência das suas personagens não eram muito boas, então creio que ele ache que o homem é essencialmente egoista. =D

A sociedade em que se ambientam seus romances lembra, de alguma maneira, aquela em que vivemos?
R= Sim... Casas, ruas, enterros... Isso existe na atualidade também.

Dê sua opinião, afinal não é todo o dia que se pode discutir Literatura de verdade! Abraços!
R= Opinião dada, eu nem sei se esse era o tema, porque só coloquei "postar no blog" e eu to postando, se é no lugar errado, considere que o que vale é a intensão.

Wagner.

Unknown disse...

alguns livros de Machado de Assis foram escolidos pra serem apresentados na amostra literaria na minha escola, eu acho atual os temas que Machado de Assis, a ganancia, a traiçao. Ainda mais naquela época, ele teve a mente muito avançada!

Anônimo disse...

acho que não existe esse " naquela época ". ele tinha uma visão mais ampla das coisas. não mantinha gurdado o que via, sabia ou fazia e mandava tudo para o papel. traição, ambição, ganância tem uma origem. vem lá de trás.. ele apenas não manteve segredo.

Blog táa Fofo.

Machado (L)

Beiijos Galera.